quarta-feira, 25 de março de 2015

Você precisa de um homenzinho pra ser feliz?

O senso comum diz que ninguém quer ficar sozinho. Mesmo os que se inscreveram para morar em Marte viverão em sociedade.




O frio está chegando, e com ele uma vontade de esquentar os pés em um corpo quente e amigável. Ou sentimos a idade chegando e apesar de casadas, não temos filhos...

As vezes, essa vontade ultrapassa as fronteiras do bom senso e do amor próprio, e nos sujeitamos a situações ruins, desagradáveis e muitas vezes humilhantes, apenas para ter alguém ao seu lado ou cumprir as exigências do senso comum. Nós despejamos os nossos desejos e anseios nas mãos de homenzinhos que nos desvalorizam, vivemos uma vida dentro do programado pela sociedade e ignoramos para sempre o que nos fazia autênticas.

Agora pare e pense: Por que?



Somos dotadas de elementos que propiciam e induzem a vida em dupla. As necessidades básicas e as adquiridas parecem que ficam melhores quando compartilhadas. Desde que seja esse o nosso desejo.

Dizem que precisamos casar e ter filhos. As que assinalam apenas uma das opções também são julgadas, e as que abdicam das duas opções são duramente julgadas e rotuladas.

Mas será que é obrigatório ter alguém ao seu lado para ser feliz?



Sabe, eu acho que não. Eu acho que essa é mais uma imposição da sociedade, que diz que quem está sozinho está triste,e apenas as casadas e que tem filhos são felizes.

Tal imposição ignora as mulheres que vivem casadas porém sem amor, sem carinho, sem sexo. E as solteiras, as que exercem a liberdade para se divertir, são taxadas de renegadas, pelo simples fato de não dividirem suas vidas com um (a) companheiro (a).

Quem determina isso? Qual a verdade contida na ideia de que as casadas são plenas de felicidade e de que as solteiras são condenadas a uma vida de busca e frustração? Você realmente acredita nisso?



Você está errada. Não existe verdade absoluta. Cada um pensa de um jeito, sente as coisas de forma diferente. Alguns amam chocolate, outros odeiam. Eu odeio churrascos. E sou feliz.

A diversidade de pensamentos e sentimentos é uma qualidade a ser admirada e cultivada, e não podada por regras. Se ficar com uma pessoa te faz feliz, e ela também quer dividir a vida com você, acho demais. Amo ser mãe, amos minhas crias.

Mas não é há uma verdade universal que defina o que te satisfaz, o que te faz feliz. Você pode amar crianças mas decidir não tê-las. Pode ao invés disso viajar pelo mundo. Criar pets. Ou tudo isso e não casar. Ou casar apenas. Ou...nada disso...


Mas ficar com alguém apenas para não ficar sozinha nos agride, passa por cima de nossos desejos e necessidades. É difícil amar a si própria sem respeito. E procriar tem que ser um desejo para ser plenamente curtido, e não uma imposição a ser cumprida para atender a um quesito imposto.

É difícil olhar para as nossas próprias vidas, reconhecer os nossos verdadeiros anseios e romper com padrões há muito estabelecidos.


Por que incomoda alguém fugindo do padrão imposto?

Se não conseguirmos resolver ou conviver com as nossas próprias resoluções, pelo menos vamos parar de apontar nossos dedinhos invejosos e acusadores para as que resolvem levar suas vidas fora do padrão casamento/filhos.




Acho que as pessoas deveriam respeitar-se, e obrigar-se a respeitar as escolhas alheias. Se o cara não te valoriza, não te ama, não te dá prazer, por que continuar com ele? Pelo menos assuma que a culpa é sua. Ou seja forte e rompa com tudo e inicie um novo ciclo. Antes que o novo ciclo comece sem a sua intervenção. Quem fica parado é poste, amiga.



Ao invés olhar e julgar a vida dos outros, olhe a sua. Você está feliz? Vale mais a pena ficar em segurança e se conformar com a derrota ou arriscar tudo para tentar vencer?





Espelhe-se nessas pessoas que sabem do que precisam realmente para ser felizes, ou pelo menos imagine uma vida onde você é feliz e livre para decidir. Descubra o que te completa. Você pode se surpreender com as viradas que isso proporcionará.