sábado, 21 de março de 2015

A luta para ser feliz, apesar dos outros

A luta mais difícil é contra você mesmo. Vencer os próprios medos, preconceitos, complexos...é uma luta. No meu caso, me livrar do medo do que os outros pensam foi e é uma batalha diária.

 "Oh não! Vão achar que eu era gorda!"


 As pessoas julgam, machucam, agridem. Querendo ou não querendo. Nós mesmos fazemos isso, contra nós próprios e contra os outros.
Uma das coisas mais libertadoras que ouvi, e quero dividir com vocês é: Nós não temos controle sobre o que os outros pensam.

Parece bobagem, mas quando nos damos conta disso, é libertador.

"Oh não! Vão achar que eu gosto de rock!"

Já assistiram o filme "Brokeback Mountain"?  Esse filme mexe muito comigo. Ele te pergunta: O importante é ser feliz ou agradar os outros? Agradar aos outros trará felicidade a você? Até que ponto importa o que os outros pensam?


"Oh não! Vão achar que eu imito a Murta que Geme/Chiquinha do Chaves!"


Assim é que vivemos. Nós nos vestimos, agimos, comemos e vivemos tentando corresponder a um padrão estabelecido. A uma norma invisível, mas que nos aprisiona. O que os outros vão pensar se eu comer feijão no café da manhã? Se eu fizer um corte diferente de cabelo? Se eu namorar uma mulher/homem/negro/gorda/etc. Se eu quiser ter uma cobra como pet? Se eu quiser transar com quem quer que seja? Você tem algo a ver com isso?

Aí os anos passam, você não fez o que tinha vontade e aí...não dá mais. Você percebe muito tarde que, quem tenta agradar todo mundo, não agrada ninguém, nem a si mesmo.


"Oh não! Vão achar que mesmo gordinha eu tiraria fotos sensualizando!"


A sociedade tem preconceitos, você tem preconceitos. O mundo é incoerente. Li essa semana que há uma novela em que pessoas matam as outras, mas consideraram um mal exemplo por causa de um beijo. Porque era um beijo entre duas pessoas do mesmo sexo.

Olha, o que faz mal é violência, roubo, agredir aos outros. O que resulta em prazer é bom. E se você não gosta de uma determinada coisa, não faça. E deixe em paz quem gosta. Se isso ou outras coisas te incomodam tanto, será que na verdade você não gostaria de experimentar, e se ressente com quem se liberta e faz? Pense nisso.

"Oh não! Vão achar que eu uso turbante!"

"Oh não! Vão achar que eu ligo!"

Aqui vai a minha cagação de regra: Preocupe-se menos com os outros. Com quem casa com quem. Quem beija quem. Preocupe-se com a sua vida. Tente ignorar o que os outros pensam, e faça o que te faz feliz. Sua vida vai melhorar, o mundo vai melhorar.

A sua responsabilidade é com você mesmo. Vamos excluir coisas que afetam negativamente os outros, e eu falo de acidentes, transar sem camisinha, atravessar a rua sem olhar, dirigir bêbado, e outras coisas que trazem consequências nefastas. Agora, se for uma coisa que seja seu desejo e traga prazer e felicidade a todos os envolvidos, qual o problema?

Se cada um parar de se boicotar e de obedecer ao deus miserável e invisível do preconceito, um novo mundo surgirá, mais tolerante, mais bonito e mais feliz. Cuide da sua vida e de você. Se ame, e deixe os outros em paz.





 "Oh não! Vão achar que eu deixo meu filho desenhar nas minhas pernas!"
"Oh não! Vão achar que eu pintei o cabelo de vermelho!"
"Muito obrigada por se preocupar com meu peso, mas não tem nada queimando na sua cozinha?"
"Oh não"!

domingo, 15 de março de 2015

Cabelos e Autoestima - uma relação tão delicada...



 Os meus cabelos são crespos e castanhos avermelhados. Até onde eu me lembro. Já fiz muitas mudanças, a memória é curta hahahahaha


Mas, nesse processo de descoberta-autoestima, o cabelo foi fundamental para que começasse a ficar de bem com o espelho. E vou lhe dizer como.
O processo de se auto aceitar, e posteriormente se amar é complexo, e tem muitas fases. São pessoais, e cada avanço é determinado dentro de cada um. 

Em comum apenas a persistência.

Olha, quando eu percebi que teria que ser a melhor que eu pudesse sendo eu mesma, que eu não seria mais alta, magra ou loira (pelo menos não automaticamente ou naturalmente, claro hehehe), comecei a me espelhar em mulheres como eu. 

Mulheres gordas.

As produzidas e lindas, claro. As que eu poderia tentar imitar sem destoar tanto.

Sabe o que eu observei? Que não obstante a silhueta delas não ser da Gisele, OS CABELOS SÃO. TOP OF THE TOP.

Simples assim. Pode olhar. A Fluvia Lacerda, a Adele, a Ju Romano...autoestima e cabelos MARAVILHOSOS.


E aí, como faz? Uma pessoa de cabelinhos crespos e curtos (que na ocasião não sabia como cuidar corretamente), resistentes ao crescimento, com necessidade imediata de autoestima, de se gostar mais AGORA faz o que? Mega-hair, claro!




Desculpem-me, não é solução, não é verdade, o ideal seria que eu nesse momento também começasse a amar meus cabelos reais...

Mas...queridas...é uma injeção de ânimo imediata. Em um dia você está com o cabelo dos seus sonhos, da cor, tamanho e textura que quiser.

Você se olha no espelho, e quem responde é uma você diferente. Sabe, para quem está pra baixo, isso dá um efeito assim...

Quem quer ficar linda agora?


 Eu, é claro! E você também!

Por um tempo, é uma lua de mel. Você sai linda e bem em todas as fotos, o cabelo está sempre arrasador. Você está com o mesmo corpo, a mesma cara, mas está total demais, a musa do verão, porque o cabelo ajuda, e muito, afina e modela o rosto, dá confiança.



 Mas, acontecem problemas. No meu caso, o cabelo cresce e destoa. A manutenção tem que ser constante, é cara e demanda tempo. E no calor, é como você estivesse com um chapéu all the time. E eu queria me valorizar por completo, e aceitar/amar meu real cabelo e fez necessário...



Aí, eu removi o megahair e comecei a cuidar do meu real cabelo. Não é da Gisele, é da Cris Albu.

Ouço muitos comentários: Você é corajosa em cortar aquele cabelão! Era tão bonito! Como você é radical!

Me divirto porque o lindo cabelão está aqui em casa, em uma gaveta, e posso recolocar quando quiser. Mas, por enquanto, estou curtindo meu cabelito.
 Mas não sou contra este artifício nem posso dizer que nunca mais farei. O ideal é se amar por completo, mas aumentar a autoestima implica em se achar mais bonita, e toda ajuda é bem vinda.